Entenda a atualização da norma de desempenho da ABNT

A NBR 15.575 foi dividida em seis partes que determinam requisitos essenciais para a edificação

Uma das normas mais utilizadas na construção é a Norma de Desempenho, ou melhor, a ABNT NBR 15.575, que é considerada um marco para o segmento da construção civil, em especial no mercado imobiliário residencial.

O objetivo da NBR 15.575 é regular e determinar parâmetros para avaliação e aceitação de unidades habitacionais. Até a sua concepção, não havia nenhuma norma que oferecesse parâmetros para a avaliação da qualidade dos empreendimentos residenciais, o que dificultava muito na hora de, por exemplo, estimar a vida útil para o sistema estrutural.

A norma é dividida em seis partes que determinam requisitos essenciais para a edificação e que foram distribuídas, conforme a segmentação abaixo:

Parte1 – Requisitos gerais.

Parte 2 – Requisitos para Sistemas Estruturais;

Parte 3 – Requisitos para Sistemas de Pisos;

Parte 4 – Requisitos para os Sistemas de Vedação;

Parte 5 – Requisitos para os Sistemas de Cobertura;

Parte 6 – Requisitos para os Sistemas Hidrossanitários.

Isolamento acústico e térmico: entenda a nova emenda

Entre as principais determinações da norma de especificação estão as condições pré-determinadas que falam sobre os valores de resistência ao fogo que devem ser atendidos e são definidos em função da altura da edificação, entendida como a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento.

Para medição da altura da edificação não são considerados: os subsolos destinados exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana; os pavimentos superiores destinados exclusivamente a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados; o pavimento superior da unidade duplex do último piso de edificação.

Outro ponto importante que faz toda a diferença para os empreendimentos, principalmente, os residenciais, trata-se do isolamento de ruído de impacto-padrão em sistema de pisos: Determina, em campo, de forma rigorosa, o nível de pressão sonora de impacto-padrão em sistema de piso entre unidades autônomas, caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema. O método é descrito na ISO 140-7.

Já a parte que fala sobre o isolamento de ruído aéreo de sistema de pisos determina que em campo, de forma rigorosa, o isolamento sonoro de ruído aéreo entre unidades autônomas e entre uma unidade e áreas comuns, caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema. O método é descrito na ISO 140-4. Este método permite obter uma estimativa do isolamento sonoro de ruído aéreo e o nível de pressão sonora de impacto-padrão em sistema de piso, em situações nas quais não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo de reverberação, ou quando as condições de ruído ambiente não permitem obter este parâmetro. O método simplificado é descrito na ISO 10.052.

Agora com relação ao desempenho térmico de cada edificação, a Norma de Desempenho passou por uma importante atualização em 2021, oito anos após sua publicação, que impacta diretamente as entregas dos novos empreendimentos residenciais das construtoras.

Na emenda revisadas as regras para adição de uma porcentagem máxima de janelas para cada fachada; a obrigação de uma simulação seguindo os arquivos climáticos avaliados durante todo o ano para o empreendimento; a inclusão de cargas térmicas advindas de ocupação, iluminação artificial e equipamentos nas simulações; além da modelagem da ventilação natural baseada nas características das janelas de cada empreendimento.

É importante que os empresários do segmento se atentem e se adaptem às mudanças para garantir suas entregas.

Fonte: Mapa da Obra

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